Wanda Chase e Glória Maria: Uma amizade que transformou vidas
Ninguém imaginava o impacto que o encontro entre duas gigantes do jornalismo brasileiro teria não só para elas, mas também para duas meninas baianas que buscavam uma família. Wanda Chase e Glória Maria se conheceram nos anos 90 e cultivaram uma amizade daquelas que ultrapassa o trabalho. O elo entre as duas cresceu tanto que Wanda foi responsável por um dos capítulos mais importantes da vida de Glória: a adoção de suas filhas.
Tudo começou numa iniciativa de voluntariado, daquelas que mudam destinos. Wanda, apaixonada pela Bahia e jornalista conhecida por romper barreiras no estado, tinha ligação direta com uma ONG fundada em 1958 pela ativista Dalva de Mattos. O abrigo, com histórico respeitado – até Robert Kennedy já tinha passado por lá – era um lugar transformador para crianças e adolescentes. Foi durante uma dessas visitas que Wanda apresentou Glória à instituição.
O encontro foi imediato: Glória Maria se conectou de primeira com Maria e Laura, duas meninas com energia e brilho nos olhos. O desejo de adotar foi praticamente instantâneo. Mesmo com uma carreira consolidada na TV Globo, ela não hesitou em mudar de vida. O processo não foi simples — durou 11 meses. Glória saiu do Rio de Janeiro e fez questão de ir morar em Salvador para acompanhar cada detalhe do processo. Ela dizia que só se sentia plenamente feliz vendo as filhas brincando, rindo e próximas dela.
Apoio mútuo, desafios e carinho sem medida
Durante esse tempo, Wanda foi escudo, companhia e ouvinte. As duas trocavam confidências e brincadeiras sobre a vida e até a idade. A parceria era tanta, que tratavam com leveza até temas delicados. Glória chegou a dizer, em conversas abertas com Wanda, que tinha medo de morrer e deixar Maria e Laura desamparadas. Então, até um plano de amparo ficou alinhado caso algo ocorresse. Essa preocupação virou uma constante, mostrando o quanto se sentia responsável e maternal.
O que pouca gente percebe é o peso do legado dessas mulheres para o jornalismo e questões sociais. Enquanto Glória inspirou gerações como rosto pioneiro na TV, Wanda Chase fez história na Bahia, enfrentando o racismo e abrindo espaços para novas vozes. Wanda chegou a receber em 2025 o título de 'Cidadã Baiana', coroando seus quase trinta anos de dedicação ao jornalismo regional e à luta pela igualdade. Infelizmente, sua carreira brilhante foi interrompida por complicações após uma cirurgia em abril de 2025.
O ciclo de amizade terminou nas datas tristes de sua partida e da morte de Glória em 2023, mas o impacto ficou. A história das duas é prova de que laços sinceros mudam vidas, de meninas a jornalistas, deixando marcas que vão além das notícias.
14 Comentários
Wanderson da Silva de Oliveira Lemos
Essa história é linda, mas ninguém fala que Wanda Chase era uma ativista radical que usava o abrigo como plataforma política. Tudo isso de adoção foi estratégia pra ganhar visibilidade. E Glória? Só aproveitou o momento.
Marcelo Marochi
A dedicação de ambas as mulheres transcende o jornalismo. É um exemplo raro de empatia estruturada, onde a ação humanitária foi conduzida com integridade e propósito. A sociedade precisa de mais figuras assim.
Mariane Cawile
Sabe quando você sente que o universo colocou duas almas certas no caminho certo? Isso foi isso. E as meninas? Elas são a prova viva de que amor não tem cor, classe ou origem. 💛
Marcos Tadeu Novais Hortêncio
Wanda era uma media darling com um NGO de 1958 como backdrop. Classic PR play. Glória? High-profile adoption = legacy insurance. The system always wins. #mediaexploitation
Micha Dalcol
Cara, isso aqui é o tipo de coisa que te faz acreditar de novo no ser humano. Ninguém mandou, ninguém filmou, mas elas fizeram. É isso que importa.
Cíntia SP
E se eu te disser que o abrigo era um centro de lavagem cerebral da Globo? Wanda e Glória eram agentes de uma operação de controle populacional. As meninas foram escolhidas por terem traços "adequados" pra TV. Eles já tinham o roteiro pronto. 🕵️♀️
Andréia Leite
A narrativa romântica oculta a estrutura patriarcal que permite que mulheres brancas decidam o destino de crianças negras em instituições que historicamente foram coloniais. A adoção não é ato de caridade, é reprodução de poder. E ninguém menciona isso porque é confortável.
Felipe Carvalho
Wanda e Glória? Duas rainhas da Bahia e do RJ fazendo o que o sistema não faz: amar sem condição. 💪🏽❤️ A vida delas foi um manifesto vivo. E as meninas? São o legado mais bonito que o jornalismo já teve.
Cinthia Ferreira
É interessante como o Brasil adora criar mitos de heroínas brancas salvando crianças negras, enquanto ignora as famílias extensas que poderiam cuidar delas. É o colonialismo disfarçado de empatia. E claro, tudo foi filmado e virou matéria de capa.
Dayse Costa
Toda essa historia é fake news 😒 Wanda nem existia, foi invenção da globo pra vender o documentario. As meninas sao atrizes e o abrigo ta fechado desde 2010. #fakenews #globocontrol
Guilherme Pupe da Rocha
Outra história de mulher branca salvando negrinha. Quando é que vamos parar de glorificar esse tipo de "generosidade"? Elas só fizeram o mínimo que qualquer pessoa decente faria.
juliano faria
que lindo isso aqui 😭 eu to com os olhos molhados... Wanda e Glória eram tipo super heroínas da vida real. E as meninas? Elas são o futuro. 🙌🏽❤️
Elton Avundano
Essa história é um caso de estudo em media ethics e social capital. Wanda, como cultural broker, operou em um espaço híbrido entre jornalismo, ativismo e welfare systems. Glória, como public figure, legitimou o processo com visibility. The symbiosis is textbook.
Wanderson da Silva de Oliveira Lemos
Você acha que isso é lindo? É um show de caridade. Elas queriam o holofote. As meninas foram usadas pra construir uma imagem. E agora todo mundo fala de "legado" como se não tivesse nada de manipulação por trás.