Domínio de Verstappen, pódios e a confusão na qualificação
Verstappen largou da pole e não deu chance a ninguém. Começou com pneus duros, o que o deixou mais lento nos primeiros metros, mas a equipe fez a escolha certa no pit stop: trocou para os macios assim que o safety car apareceu, ganhando tempo e passando a liderança nas primeiras voltas. Depois disso, ele controlou a corrida, manteve um ritmo constante e cruzou a linha de chegada com a vantagem já consolidada.
A qualificação foi um verdadeiro teste de paciência. Foram seis bandeiras vermelhas, duas por falha de motor, duas porque carros ficaram presos na grama e duas devido a acidentes menores. Cada parada parou o relógio, então o tempo total da sessão chegou a quase duas horas – mais do que algumas corridas! O caos acabou tirando Esteban Ocon da 18ª posição, já que a asa traseira não passou no controle de parc‑fermé. Assim, Pierre Gasly e Alex Albon subiram um degrau no grid, aproveitando a penalidade.
Logo na primeira volta, o líder do campeonato, Oscar Piastri, sofreu a maior vergonha da corrida. Ele tentou fechar a curva 2 com muita velocidade, mas a pista ainda estava fria e o nível de aderência era menor do que o esperado. O carro saiu de controle, bateu na barreira e ficou fora da corrida. Em entrevista, o piloto australiano disse que foi “a pior volta da temporada”. O acidente tirou 25 pontos potenciais e fez a corrida ficar ainda mais aberta.
Enquanto isso, George Russell (Mercedes) virou a partida com uma estratégia de duas paradas rápidas. Ele chegou ao pit ainda com pneus duros, mas ao trocar para macios logo após o safety car, ganhou tração e passou vários carros nas retas longas de Baku. O britânico chegou ao final em segundo, colhendo 18 pontos. A Mercedes também contou com Kimi Antonelli, que foi o quarto colocado, mostrando que a equipe tem velocidade em várias frentes.
Carlos Sainz, da Williams, fez um trabalho clássico de defesa. Depois de ganhar a terceira posição no meio da corrida, ele respondeu a duas tentativas de ultrapassagem da McLaren e manteve o pódio até o fim. O carro parece estar mais equilibrado, o que pode mudar a briga por posições no meio do pelotão nas próximas provas.
No meio do pelotão, Liam Lawson (Racing Bulls) segurou Yuki Tsunoda (Red Bull) nos últimos trechos e garantiu o quinto lugar. Lando Norris (McLaren), apesar de várias tentativas de ultrapassar Tsunoda nos últimos quilômetros, acabou em sétimo, o que deixa a equipe frustrada. Lewis Hamilton, que começou 12.º, subiu oito posições, terminou em oitavo e ainda conseguiu estar à frente de Charles Leclerc, que ficou nono. O piloto britânico elogiou a estratégia da Ferrari e disse que “a pista sorria quando menos esperávamos”. Isack Hadjar, novamente no Racing Bulls, fechou o top‑10, somando seu último ponto.
- 1º – Max Verstappen (Red Bull) – 25 pontos
- 2º – George Russell (Mercedes) – 18 pontos
- 3º – Carlos Sainz (Williams) – 15 pontos
- 4º – Kimi Antonelli (Mercedes) – 12 pontos
- 5º – Liam Lawson (Racing Bulls) – 10 pontos
- 6º – Yuki Tsunoda (Red Bull) – 8 pontos
- 7º – Lando Norris (McLaren) – 6 pontos
- 8º – Lewis Hamilton (Mercedes) – 4 pontos
- 9º – Charles Leclerc (Ferrari) – 2 pontos
- 10º – Isack Hadjar (Racing Bulls) – 1 ponto
Os upgrades da Red Bull que chegaram depois de Monza foram decisivos em Baku. A equipe instalou um difusor mais largo e uma asa traseira redesenhada, o que melhorou o fluxo de ar e deu mais estabilidade nas frenagens. O motor recebeu ajustes no mapeamento de potência, ajudando nas arrancadas na reta de quase 2,5 km. Esses detalhes fizeram a diferença quando os pneus ficaram mais quentes nos últimos estágios.
Sobre os pneus, a escolha de iniciar com compostos duros parecia um risco, mas acabou sendo parte da estratégia. O duo da Red Bull soube que o safety car viria cedo, então manteve os duros até o momento certo para trocar e ganhar tempo. Mercedes fez algo similar, enquanto a Ferrari optou por usar macios direto, o que acabou não rendendo tanto na pista de alta velocidade.
O clima na Baku Street Circuit era electrizante. A pista, iluminada por luzes de neon, traz uma atmosfera de festival, e a multidão, mesmo em tempo frio, cantava e vibrava a cada volta. O barulho dos motores nas retas longas se misturava com o som da cidade, criando um cenário único que os fãs adoram. A corrida de domingo teve lotação completa, e a demanda por ingressos para a próxima prova foi quase esgotada em minutos.

Implicações no campeonato e o caminho para Singapura
Depois da vitória, a diferença de pontos entre Max Verstappen e Oscar Piastri caiu para 13, com Piastri ainda com 78 pontos e Verstappen agora com 71. Ainda restam seis corridas, então cada ponto vale ouro. A corrida de Singapura, que será à noite, pode mudar tudo, já que o traçado exige bastante dos freios e dos pneus.
Mercedes agora tem 18 pontos de Russell e mais 12 de Antonelli, o que coloca a equipe atrás da Ferrari, mas ainda com chances de chegar ao topo se a estratégia funcionar. Ferrari viu Leclerc perder posições, mas Hamilton mostrou que pode ainda roubar pontos; a equipe já testou um novo chip de gestão de calor para os pneus. McLaren tem que melhorar nos treinos, porque Norris perdeu a chance de ganhar pontos importantes. Williams, com Sainz no pódio, pode ganhar moral e talvez surpreender nas próximas provas.
Singapura é um circuito de rua cheio de curvas fechadas, mudanças de elevação e alta temperatura no asfalto, mesmo à noite. O desgaste dos pneus costuma ser intenso, então a estratégia de pit stop costuma ser queimar as opções. Equipes que acertarem a temperatura dos pneus nas primeiras paradas podem ganhar vantagem significativa. Também há duas zonas de ultrapassagem onde o DRS funciona, mas a pista estreita limita as manobras.
Para a Red Bull, a ideia é levar os upgrades de Baku para Singapura e talvez acrescentar um ajuste no resfriamento do motor, já que a temperatura do ar vai subir. Verstappen comentou que a equipe “está confiante de que o carro vai aguentar a pressão em Singapura” e que “a chave será fazer a parada certa”. Já Piastri disse que “a queda de Baku foi um alerta, mas o foco está em voltar ao topo”.
Os fãs já sentem o clima de batalha. O que será que vai acontecer na próxima parada? Se a Red Bull mantiver o ritmo, pode fechar o campeonato, mas Mercedes, Ferrari e até Williams têm chance de virar o jogo. O próximo fim de semana promete muita ação, emoções de última hora e, claro, aquele cheiro de combustível que só a Fórmula 1 tem.