Skateboarding Feminino: guia rápido para quem curte o esporte

Se você já viu meninas arrasando nas pistas ou nas ruas, sabe que o skate feminino entrou de cabeça na cena. Mas ainda tem muita gente que não entende como começar ou onde encontrar comunidade. Aqui a gente troca ideia sobre o que realmente importa: treinar, evoluir e se divertir.

Como dar os primeiros passos no skate

Primeiro, escolha um shape leve e com largura adequada ao seu pé – costuma ficar entre 7,5 e 8,0 polegadas. O shape mais largo traz mais estabilidade, ideal pra quem ainda está no básico. Depois, o shape deve combinar com um shape de trucks certo: se o shape é largo, o truck também precisa ser mais largo para garantir equilíbrio.

Não economize nos rolamentos: um par de ABEC-9 ou ABEC-11 já dá boa performance e evita escorregões. Na hora de comprar, vá a uma loja especializada, teste modelos diferentes e peça ajuda ao vendedor. Enquanto isso, use um capacete certificado, joelheiras e protetor de punho – segurança vem antes de estilo.

Melhores lugares para praticar e comunidade

Nas grandes cidades, praças e parques têm rampas de concreto, mas cliques de skate underground costumam ter pistas de madeira que facilitam manobras técnicas. Em São Paulo, o Skate Park da Praça da República é ponto de encontro de várias skatistas. No Rio, o Parque Madureira atrai surfistas e skatistas, criando um ambiente bem descontraído.

Junte-se a grupos no Instagram ou no WhatsApp que curtem skate feminino. Eles organizam sessões de troca de dicas, rifas de equipamento e até competições amadoras. Participar de eventos como o Girls Skate Fest ajuda a fazer amizade, ganhar visibilidade e ainda descobrir novas manobras.

Quando estiver pronta para avançar, experimente o ollie, a base de quase todos os truques. Comece a puxar a pista com o pé de trás, mantenha o centro de gravidade baixo e pratique em superfícies planas. Depois, o kickflip e o heelflip são próximos – basta combinar o movimento do pé com o impulso do ollie.

Se a ideia é competir, fique de olho nos campeonatos regionais da CBSB (Confederação Brasileira de Skate). Elas têm categorias específicas para mulheres e são ótimas portas de entrada para o cenário internacional. Ainda tem as competições de “Street League” que aceitam atletas amadoras, então não hesite em se inscrever.

Por fim, lembre-se que o skate é mais cultura que esporte. Assista a vídeos de skatistas como Letícia “Lili” Rizzo ou a inglesa Poppy Starr, absorva o estilo e adapte ao seu jeito. O mais importante é curtir o rolê, cair, levantar e seguir improvisando. O skateboarding feminino está só começando, e você pode ser parte dessa história!