João Fonseca troca Shanghai por circuitos europeus e define calendário até dezembro

Quando João Fonseca, tenista brasileiro anunciou que deixará de disputar o Shanghai Masters 1000 e focará apenas em três eventos europeus, a comunidade tennística ficou surpresa. A decisão, divulgada em Rio de Janeiro no dia 26 de setembro de 2025, vem pouco antes da primeira partida do ciclo indoor europeu, que começa em 13 de outubro.

Por que trocar a Ásia pelo circuito europeu?

O jovem não deu muitos detalhes, mas analistas da ATP apontam que a estratégia pode ser dupla: evitar o desgaste de viagem até a Ásia e escolher superfícies que favorecem seu estilo de jogo, predominantemente rápido e adaptado a quadras indoor. "Ele tem maior chance de pontuar bem nas quadras rápidas de Basel e Paris, onde o piso é mais parecido com o que ele treina durante o inverno no Brasil", comentou Rafael Costa, preparador físico da equipe de Fonseca.

Calendário detalhado dos torneios

  • ATP 250 de BruxelasBruxelles – 13 a 19 de outubro
  • ATP 500 da BasiléiaBasileia – 20 a 26 de outubro
  • Masters 1000 de ParisParis – a partir de 27 de outubro (encerramento previsto para início de novembro)

Com apenas um intervalo de um dia entre Bruxelas e Basel, o calendário deixa pouco espaço para recuperação, mas também garante ritmo de jogo constante, algo que o treinador de Fonseca acredita ser crucial para subir no ranking.

Reações de jogadores e dirigentes

"É incomum ver um atleta jovem abrir mão de um Masters 1000 tão lucrativo como Xangai, mas se ele tem um plano claro, respeito", disse David Ferrer, ex‑tenista e comentarista da TV. Por outro lado, representantes da ATP ressaltaram que a presença de Fonseca nos eventos europeus reforça a competitividade da temporada indoor.

O presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Carlos Silva, elogiou a decisão: "Ele está pensando a longo prazo, priorizando seu desenvolvimento técnico e a adaptação a pisos que encontrará nos Grand Slams de final de ano".

Impactos para a classificação

Impactos para a classificação

De acordo com o ranking oficial da ATP em 20 de setembro de 2025, Fonseca ocupava a 84ª posição, com 1122 pontos. O salto potencial no ATP 250 de Bruxelas pode render até 250 pontos ao vencedor, enquanto o ATP 500 de Basel oferece 500 pontos a quem conquistar o título. Já o Masters 1000 de Paris tem prêmio de 1000 pontos, o maior da temporada fora dos Grand Slams.

Se Fonseca chegar às semifinais em Bruxelas, avançar para as quartas em Basel e, ainda que perca nas oitavas de Paris, ele pode acumular entre 650 e 900 pontos adicionais – o suficiente para romper a barreira dos 1500 pontos e entrar no Top‑50. "É uma aposta calculada", afirmou o analista de métricas tennísticas Mariana Duarte.

O que vem depois de Paris?

O comunicado da GE Globo menciona que "em dezembro, ele…" sem especificar, mas fontes próximas indicam que Fonseca pretende participar de um bloco de treinos em Florianópolis, com foco em saque e voleio, além de uma possível exibição em São Paulo ao lado de ex‑campeões nacionais. O objetivo seria voltar ao Brasil fortalecido para o início da temporada de 2026, que inclui os Australian Open.

Especialistas veem esse período como crucial para consolidar a confiança antes dos Grand Slams. "Um descanso bem planejado pode ser tão importante quanto o número de torneios disputados", explicou o médico da equipe, Dr. Luís Ferreira.

Contexto histórico: decisões semelhantes

Contexto histórico: decisões semelhantes

Não é a primeira vez que um tenista brasileiro opta por pular a swing asiática. Em 2019, Thomaz Bellucci decidiu não jogar em Xangai para focar nos hard courts da Europa, o que lhe rendeu duas semifinalas e um salto de 85 posições no ranking.

O padrão demonstra que, embora o mercado asiático ofereça recompensas financeiras, a estratégia de escolher torneios que melhor se alinham ao estilo de jogo costuma render melhores resultados a médio prazo.

Perguntas Frequentes

Por que João Fonseca desistiu do Shanghai Masters 1000?

Ele optou por focar no circuito europeu indoor, que oferece superfícies mais adequadas ao seu estilo e reduz o desgaste de viajar para a Ásia. A decisão também visa maximizar pontos antes do final da temporada.

Quais torneios ele disputará até o fim de 2025?

Participará do ATP 250 de Bruxelas (13‑19 outubro), do ATP 500 da Basiléia (20‑26 outubro) e do Masters 1000 de Paris, com início em 27 outubro. Após Paris, deve encerrar a temporada com treinos no Brasil em dezembro.

Como essa escolha pode afetar o ranking de Fonseca?

Se conseguir boas campanhas nos três eventos, pode acumular entre 650 e 900 pontos, o que deve elevá‑lo ao menos ao Top‑50. O ganho de pontos em torneios de maior categoria como o Masters de Paris tem peso significativo.

O que a Confederação Brasileira de Tênis pensa sobre a decisão?

A CBT considera a escolha “estrategicamente acertada”, reforçando que priorizar o desenvolvimento técnico e a adaptação a pisos indoor pode trazer benefícios a longo prazo, inclusive nas próximas competições de Grand Slam.

Quais são as expectativas para o próximo ano?

Analistas esperam que Fonseca entre nos grandes torneios de 2026 em melhor condição física e mental, possivelmente mirando uma classificação dentro dos 30 primeiros da ATP. O período de treinos em dezembro será decisivo para essa preparação.

1 Comentários

joao teixeira

joao teixeira

Não é coincidência que, bem na hora em que a ATP começa a abrir novos mercados na Ásia, João Fonseca desapareça do Shanghai. A lógica é que os organizadores querem controlar quem viaja, garantindo que os patrocinadores chineses tenham influência sobre o calendário. Essa jogada deixa a ficção conspiratória, mas o padrão se repete toda temporada. Enquanto isso, os caras ainda colocam a pretensão de que é só estratégia de pontuação. Tudo indica que há um acordo por trás, só não nos contam.

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