
- Afonso Duarte
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Uma avó de 90 anos e um gesto sem igual
Poucas histórias de aceitação familiar viralizam com tanta naturalidade quanto a de Glória Menezes, agora vista como um símbolo de acolhimento e empatia. Aos 90 anos, a atriz, conhecida por seu legado na dramaturgia brasileira, teve um papel fundamental na vida do neto Theo, que revelou sua identidade de gênero e iniciou a transição para ser reconhecido socialmente como homem trans.
O relato foi publicado por Mocita Fagundes, esposa de Tarcísio Filho, nas redes sociais. No texto, ela narra a reação de Glória ao saber que o neto era trans: um simples ‘E daí?’ acompanhado de um sorriso. Mas o peso dessas duas palavras ultrapassou gerações e preconceitos. Segundo Mocita, Glória nunca mais errou o nome do neto e nunca se confundiu, sempre chamando Theo pelo nome social e respeitando a identidade dele.

Empatia, respeito e o impacto nas redes sociais
Mocita conta que a empatia sempre foi princípio básico na família Menezes e fez questão de ressaltar que isso faz diferença: tanto em conversas reservadas quanto nos momentos mais públicos, como no Dia da Visibilidade Trans. A história foi compartilhada em posts no Instagram e vídeos no TikTok, sendo reproduzida por milhares de pessoas e ganhando destaque sob a hashtag #DiaDaVisibilidadeTrans. Não demorou para que muitos começassem a citar a atriz como exemplo positivo de aceitação entre idosos.
A resposta de Glória destoa da dura realidade dos jovens trans no Brasil, onde a maioria encontra resistência e, muitas vezes, rejeição dentro do próprio lar. O suporte recebido por Theo não só fortaleceu sua autoestima, mas também mostrou que é possível, sim, quebrar barreiras sociais ligadas a idade e preconceito. Usuários das redes aplaudiram a postura da atriz, destacando que gestos como esses têm o poder de mudar vidas.
O que fica é o contraste entre bolhas de afeto e o mundo lá fora. Theo ganhou não só o respeito de sua família, como conquistou a avó, que para muitos é sinônimo de tradição, mas mostrou ser também símbolo de progresso e afeto genuíno. Histórias assim viram referência para quem ainda está lutando por aceitação, mostrando que o respeito cabe em qualquer idade, e que empatia não tem prazo de validade.